Sondagem da Católica. Maioria dos portugueses acha Montenegro mais competente do que Pedro Nuno

por Joana Raposo Santos - RTP
Foto: Pedro A. Pina - RTP

A maioria dos portugueses vê Luís Montenegro como mais competente e mais bem preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro do que Pedro Nuno Santos. Os resultados da mais recente sondagem do CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público indicam também que a saúde é o tema mais importante para os eleitores nestas eleições legislativas.

Perante a questão “qual dos dois está mais bem preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro”, 46% dos inquiridos escolheram Luís Montenegro e apenas 31% Pedro Nuno Santos. Outros 17% acham que nem um nem outro estão bem preparados para esse papel.

Na sondagem do CESOP realizada em fevereiro de 2024, os resultados foram bastante diferentes e Pedro Nuno saiu mesmo a ganhar: foi escolhido por 39% e Montenegro por 38%.

O inquérito de abril deste ano, agora divulgado, quis ainda decifrar qual dos dois é mais competente na visão dos portugueses, com 44% a optarem por Montenegro e 31% por Pedro Nuno, enquanto 18% responderam que nenhum é competente.

A nível da honestidade destes dois rivais políticos, as respostas foram mais equilibradas: 35% acham o primeiro-ministro mais honesto e 32% pensam que é mais honesto o líder do Partido Socialista. De resto, 23% disseram não reconhecer honestidade nem num, nem noutro.

Luís Montenegro destacou-se na questão “qual dos dois lhe parece mais capaz de promover o crescimento económico do país”, tendo sido escolhido por metade dos inquiridos, enquanto Pedro Nuno Santos foi a escolha de apenas 30%.Eleitores querem ver saúde como principal tema da campanha
Questionados sobre os temas que gostariam de ver tratados na campanha para as legislativas de maio, a saúde ocupou o topo da lista, sendo escolhida por 63% dos participantes.

Seguiu-se a habitação (40%), educação (26%), salários e pensões (14%), imigração (9%), economia (7%), Europa e guerra (4%), corrupção (3%) e segurança e justiça (ambos os temas com 2%).

A saúde continua a ser um tema central para uma larga maioria. A habitação é cada vez mais relevante. A educação continua como um dos temas mais referidos. A corrupção parece estar a perder centralidade e mesmo temas paralelos a este, como a honestidade, a transparência ou a ética só são referidos por uma minoria de pessoas”, explica o CESOP no relatório da sondagem.



Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 17 e 26 de março de 2025. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1206 inquéritos válidos, sendo 43% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 31% da região Norte, 21% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 29%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1206 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 4177 pessoas. De entre estas, 1206 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
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